Considerações
 

Neste módulo, convidamos os(as) leitores(as) a se aprofundarem em diferentes formas de compreender relações entre as escolas, as famílias e os(as) estudantes, refletindo sobre as desigualdades educacionais de acesso à Educação Infantil até as vivências de infância, adolescência e juventude. Vimos que a relação das famílias com a escola passa também pelo conhecimento de características de cada tempo de vivência que compõem as famílias, articuladas com as condições do seu território de vida.

Num segundo momento, conversamos sobre como as desigualdades educacionais já se iniciam no acesso à Educação Infantil, o que contribui para manter os ciclos de pobreza de muitas famílias. Isso porque temos, por um lado, o acesso à escola, fator que permite à família buscar trabalho, tendo em vista que a escola faz parte da rede de proteção das crianças. Mas, por outro lado,  a ausência na Educação Infantil, presente na realidade de muitas crianças, tende a prejudicar o desenvolvimento dos(as) estudantes nas outras etapas da Educação Básica.

Por último, dialogamos sobre a importância de se considerar as especificidades dos tempos de vivência no fazer pedagógico e na relação com as famílias, principalmente aquelas que vivem em situação de pobreza. Nesse sentido, perpassamos por discussões relativas à infância, à adolescência e à juventude, almejando buscar elementos que permitam a educadores(as) e gestores(as) escolares pensarem em estratégias educativas mais relacionadas ao tempo de vivência de cada sujeito, buscando reverberações na melhoria das relações com as famílias desses estudantes.