Considerações
Através deste texto, tivemos a oportunidade de refletirmos sobre o tema violências nas trajetórias escolares e dialogamos sobre a complexidade das violências extramuros e intramuros escolares. Ao analisarmos as relações cotidianas de uma escola, percebemos quanto é importante nos atentarmos para essas violências nas trajetórias de nossos alunos.
Ao optarmos por evitar o abandono e/ou a evasão escolar, isto é, se queremos resultados bem sucedidos para estudantes comprometidos e responsáveis, temos que ter coragem e determinação para modificar algumas regras e estruturas de convivências da escola. Essa estrutura só muda com a participação efetiva de todos os que se encontram dentro e fora da escola, com propostas embasadas na negação de relações hierárquicas e autoridades institucionais. Significa estar disposto a definir relações de poder com vistas ao reconhecimento social e com ações que visem o bem comum.
Quando não oportunizamos debates e reflexões sobre o tema, tanto individuais quanto coletivas, de forma democrática, impedimos o processo de possíveis soluções na visão de cada um dos envolvidos com o problema. A educação e a escola precisam ter uma atuação que seja de fato representativa, dialogada e crítica; do contrário, estaremos apenas reproduzindo a própria sociedade que lida com a violência, livrando-se dos seus causadores.
Mesmo permeada por situações de violências, que fazem parte do seu cotidiano, a escola, de modo geral, deve caminhar no sentido de cumprir o seu papel social educativo. Nesse sentido, acreditamos nos esforços empregados para que essa função possa ser cumprida da melhor forma possível, apesar das dificuldades existentes.