Considerações


Os fatores de risco e motivos de baixa frequência escolar, como gravidez na adolescência, violência sexual, preconceito e discriminação no ambiente escolar e homofobia, são abordados neste módulo com o intuito de auxiliar os profissionais da educação a diminuir essas vulnerabilidades em favor da equidade no desenvolvimento e aprendizagem de crianças, adolescentes e jovens.

Educação Sexual dentro da escola articula-se com a promoção da saúde e de escolhas saudáveis entre crianças, adolescentes e jovens. Negar a existência dessa realidade na vida desses sujeitos é o mesmo que expô-los a riscos reais sem oferecer ajuda ou consciência disso. A discussão de direitos sexuais e direitos reprodutivos remete ao exercício da sexualidade e da reprodução humana, sem discriminação, coerção ou violência. A liberdade da reprodução exige do Estado que assegure, por meio de Políticas Públicas, a saúde sexual igualitária e satisfatória. 

As medidas de prevenção às DSTs, prevenção da gravidez não planejada e as ações de promoção da saúde para mães estudantes são básicas para garantir esses direitos. Neste contexto, o estudo da igualdade de gênero tem um poder de transformação social muito grande, porque, ao mostrar que as desigualdades não são naturais, afirma que elas podem ser reduzidas – ou mesmo, extintas.

A educação possui papel fundamental nesta questão. Partindo-se do pressuposto de uma escola laica, diversa, cidadã e inclusiva, ela pode e deve puxar para si o desafio de promover a igualdade de gênero de modo preventivo junto às crianças, assumir o discurso de gênero, além de acolher a adolescente grávida e orientá-la quanto ao apoio das redes de saúde e de Assistência Social, para que a evasão escolar não lhe seja a opção mais lógica.

No âmbito da prevenção das violências, destacamos a discussão de práticas homofóbicas na escola, tendo em vista que estas são um desacerto, um descompasso com o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes. O preconceito não é destino, não está inscrito na ordem natural das coisas. A escola como espaço-tempo formativo deve intervir positivamente neste que seria um destino cruel de reprodução da violência e insistir na perspectiva intransigentemente emancipatória da educação.

Estratégias Pedagógicas

Fazer prevenção vai muito além da informação e de estratégias aterrorizantes que associam o sexo a doenças em estágio avançado, mostrando imagens dos órgãos genitais com alguma DST. Essas estratégias não provocam mudança de comportamento.

Para o estudante

Metodologia de educação entre pares sobre a prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis e à gravidez indesejada.

Para os profissionais da educação

Elaborar um projeto pedagógico representativo, que expresse o comprometimento de todos com o respeito às diferenças e convívio respeitoso com a diversidade, de forma que possam, de fato, implementá-lo.

Para toda a escola

Formar agentes multiplicadores da prevenção às DSTs e à gravidez indesejada e atuar no território escolar.